Jornal da Manhã - Articulistas
Diógenes Pereira da Silva
Quando não se educa adequadamente os filhos, a mídia assume esse papel, porém na visão da extremidade oposta da educação salutar. A visão periférica das crianças e adolescentes é exacerbada e suas propriedades de perceber o que está ou não fora do foco principal de aparição são simplesmente espetaculares.
No tangencial espectro, os jovens de hoje, futuros homens do amanhã, mormente já têm discernimento, portanto, são formadores de opiniões e podem condicionar as suas fantasias às situações prazerosas associadas às grandes propagandas midiácas. Este conceito é apropriado às propaganda da cerveja, onde só são evidenciadas ocasiões de prazeres, mas que, no entanto, jamais mostra a posição destrutiva alcançada pela sua corroboração no que tange o ranque mundial das mortes por ela provocada. Ocorre que, nem todos os organismos reagem da mesma forma sob o efeito do álcool, aí reside o culminante perigo, alguns têm o poder de dominar o hábito de beber outros não, que na grande maioria não sabem o momento exato de parar a ingestão, que pode até levar a óbito. Nesse contexto, como fica a proibição de bebidas alcoólicas para menores de idade?
Crianças e adolescentes passam em média 02 (duas) horas diárias em frente à TV, e geralmente, têm uma memória fotográfica espetacular, mesmo sem saber pronunciar o nome correto dos produtos, encontram uma forma de identificá-los aos pais, sejam tênis, celulares ou outro produto qualquer, essa é a visão ostentada pelo Marketing das empresas contemporâneas que enxergam um futuro promissor, com vistas genuinamente em cenários prospectivos. O que dizer das propagandas das bebidas alcoólicas que fomentam o mercado de drogas lícitas destruidoras de milhares de vidas de crianças e adolescentes? Senão vejamos: “o Congresso americano autorizou dotação milionária para a condução de estudo pela National Academy of Sciences (NAS) - Academia Nacional de Ciências - sobre a ingestão de bebidas alcoólicas por menores de idade”. Outros estudos e pesquisas americanas evidenciam que o álcool mata 6,5 vezes mais adolescente do que todas as outras drogas ilícitas juntas. E no Brasil quantos são? Na própria pesquisa realizada pelo aludido comitê abrangido pela National Academy of Sciences (NAS) por profissionais altamente qualificados nos EUA, provaram que os jovens americanos consomem anualmente mais de um bilhão de latinhas e garrafas do produto (cerveja), pesquisa sustentada pelo grupo de estudos do Departamento de Saúde dos Estados Unidos. E no Brasil, quais os dados estatísticos?
Embora exista o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), em plena vigência e suas proibições midiácas, e ainda, alguns projetos dos Estados e União em combativa a esses males, alguns desenvolvidos pela PMMG como: PROED e JCC e tantos outros, a contraposição negativa da mídia (propagandas de cervejas) a esses projetos, abrange alcance 1000% há mais da ostentação dos malefícios do álcool apontados e combatidos pelo poder Estatal. E os pais ausentes, que precisam trabalhar para o sustento da família, que são obrigados muitas vezes a deixar os filhos a mercê das propagandas, que chances eles têm contra a potência midiáca? Existem sim os efeitos positivos dos projetos e são espetaculosos, além de mostrar a realidade vivida, mas qual a sua eficácia em contrapartida da mídia? Alcoolismo é uma questão de Saúde Pública, onde deve haver o comprometimento de todas as autoridades e órgãos estatais. Se existe uma campanha nacional contra as drogas ilícitas, embora seu efeito não seja evidente, por que não existe uma campanha contra as drogas lícitas? Só conheço de forma ostensiva a do tabaco que faz frente à hipocrisia das propagandas das bebidas alcoólicas, que primeiro incentiva a beber e depois: se beber não dirija! Ora, uma grande parte dos crimes violentos no Brasil é acometida por pessoas que fizeram ingestão abusiva da droga álcool, que é uma porta de entrada para as drogas ilícitas.
(*) policial militar da PMMG; bacharelado Curso Superior de Segurança Pública e Privada
sábado, 10 de julho de 2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário